segunda-feira, 25 de abril de 2011

Era uma vez...

Era uma vez uma jovem de quase 19 anos e um rapaz de quase 20, lá nos anos 2000. Eles estudavam na mesma sala do curso de inglês, e às vezes trocavam alguns olhares. Ela era solteira, mas ele cambaleava namorava há quase 5 anos. Entre apresentações de aulas, olhares, caronas, uns pelinhos loirinhos na perna (ha!) e uma aposta, eles começaram a namorar. E não se desgrudaram mais.

Ele disse a ela que estudava na Escola Naval e ela nem tinha noção da brabeira do que era isso. Ele dizia que não podia ligar sempre, que era complicado, estudava muito, mas essa "dureza" não durou nem um mês!

Com uns 6 meses de namoro, no início de 2001, ele fez sua primeira viagem, de 45 dias.  Intercâmbio na Inglaterra. Era total novidade para ela. E assim os anos e as viagens foram passando. Em 2002, a famosa "Viagem de Ouro" - 6 meses! Ela foi encontrá-lo na Itália e em Fortaleza.

No ano seguinte, cabeçudo inteligente que só, foi convidado pela Marinha do Uruguai a fazer a Viagem de Ouro deles, no Velero Escuela Capitán Miranda. Quase 4 meses. Ela foi com ele até o Uruguai para o embarque, e foi aí que começou a paixão pelo país.

2004 - Rumo à missão no Haiti, 45 dias. Coração apertado... muito medo! Mas correu tudo bem.

2005 uma pausa para um cursinho básico, mas que exigia muita dedicação. Aí o jovem fez uma surpresa! Comprou um par de alianças, armou tudo na encolha e fez o pedido na casa da Bisa Lélia! A menina já andava meio brava por estar sendo "enrolada" há 5 anos, e logo marcaram a data do casório.

Escolheram 01 de Julho de 2006. Um dia lindo de inverno, e o dia em que o Brasil foi eliminado pela França na Copa do Mundo daquele ano. Tudo foi inesquecível, e durante algum tempo as pessoas que lá estiveram comentavam com alegria daquele marcante momento. Eles fizeram tudo com muito carinho, pensaram em cada detalhe, escolheram um lugar muito bacana também.

Neste mesmo ano, mais uma viagem. Com apenas 2 meses de casados, o jovem partiu para uma viagem de  2 meses para a Argentina e o Uruguai. A saudosa menina foi encontrá-lo no Uruguai, reforçando o laço criado láá em 2003 com o país. Eles se sentem muito queridos lá, e as amizades criadas só aumentam essa paixão.

Aí vem 2007 e surge um curso em Charleston, nos Estados Unidos. Desta vez, 3 semanas. Passou rápido, mas era diferente porque já estavam casados, e a casa ficava muito vazia sem ele.

Em 2008 é a vez de um intercâmbio na Alemanha. Foram 20 dias, mas ela foi encontrá-lo em Kiel, uma cidadezinha muito linda no norte do país. Passearam um pouco por lá e voltaram apaixonados pelos lugares que passaram.

Mas eles viviam com uma ansiedade, um medo de uma "oportunidade" que poderia acontecer... e ela se confirmou em 2009. (Ary Rongel + 6 meses de viagem + Antártica) x2

Eles queriam engravidar e essa notícia foi um balde de água fria. Só que ela acabou engravidando, mas não foi adiante, para a tristeza deles. Mas é como dizem... Deus sabe o que faz.

Em outubro de 2009 ele embarcou para 6 meses da gelada viagem... e ela foi encontrá-lo em todos os portos. Punta Arenas/ Chile + Punta Arenas/ Chile + Ushuaia/ Argentina + Punta Arenas/ Chile + Montevidéu/ Uruguai. Em uma dessas vezes no Chile, ela chegou 1 semana após um dos mais fortes terremotos da história daquele país. Muitos a chamaram de louca... mas era loucura de amor, de saudade. Deu tudo certo e valeu MUITO a pena.

Chegou abril de 2010 e o navegante aportou, finalmente. Na mala ele trouxe a saudade e uns 10 dias depois um presente: o Theo! Começaram a fazer contas e ops! Perceberam que o Papai não estaria presente quando o Theo nascesse. Foi muito triste, mas com 10 anos de muito amor, levantaram a cabeça e seguraram o rojão, apesar do vazio e da saudade. 

Com a gravidez, a barriguda não poderia encontrá-lo em nenhum porto, e isso maltratou muito seu coração.

Em novembro de 2010 ele partiu novamente, com atraso de 1 mês (oba!), mas a hora chegou. E foi no susto, de um dia pro outro. É sério!

No dia 20 de Janeiro de 2011 o lindo bebê nasceu, cheio de vida, de saúde, de energia. E lindo, muito lindo!

O agora Pai moveu céu e terra para conseguir uma autorização para o bebê viajar e conhecê-lo no último porto da viagem. Com a ajuda de Deus e de alguns homens de boa vontade, eles conseguiram.

E abril veio chegando e com ele o encontro tão esperado. O porto do encontro, no Uruguai (olha ele aí de novo!), teria 5 lindos dias para a família se curtir. Mas... viva a Marinha! Diminuíram para 2 dias e depois....tchanananam...... para 1 dia. Foram intensas 30 horas juntos, mas pareciam longas. 

Se valeu a pena? TUDO valeu a pena porque temos a alma grande... e um amor maior ainda!

Amanhã tudo isso acaba, para a alegria dos nossos corações e da nossa família. Em julho vem outro desafio, mas esse deixa pra depois... quero curtir o agora!
A primeira foto, de muitas

domingo, 24 de abril de 2011

O grande encontro!

O grande encontro dos meus dois amores aconteceu no dia 18 de abril de 2011, faltando 2 dias para o Theozinho completar 3 meses. Este momento único não poderia ter acontecido em lugar melhor! Eu, Vovozela e a Bisa Lélia partimos para Montevidéu, no Uruguai, para que este lindo encontro, ou reencontro (como eu gosto de dizer), acontecesse. Eu e Papai temos uma relação de amor com a cidade (depois conto mais!) e fiquei muito feliz por ter sido lá o palco deste emocionante dia.

Contamos com a presença muito querida dos nossos amigos Aninha, uma brasileira quase uruguaia, e Juan, um uruguaio quase brasileiro. Eles foram nossos guias turísticos, ajudantes, baby sitters, fotógrafos, cinegrafistas... foi muito bacana a ajuda e a demonstração de amizade que tiveram para conosco (obrigada, amigos!).

Não vou me alongar mais porque ainda quero contar muita coisa atrasada aqui e, além do mais, o vídeo fala por si.

Espero que gostem! Faltam apenas dois dias para o Papai voltar de vez (até a próxima viagem!rs)

Beijos! E obrigada a todos que torceram por este momento e vibraram com ele!


segunda-feira, 11 de abril de 2011

Blogagem coletiva: A chegada do Theo na minha vida!




O Theo chegou em minha vida em um lindo dia de sol de uma quinta-feira, feriado de São Sebastião do Rio de Janeiro, padroeiro da nossa cidade. Veio por cesárea, diferentemente do que eu gostaria, pois o danadinho virou mas não encaixou.

Correu tudo bem e tive uma recuperação excelente, cicatrização idem. Só que ao chegar com aquele lindo serzinho em casa, com apenas minha mãe ao lado, percebi que tinha caído em uma vida completamente nova, e possivelmente para qual não (sabia que não) estava preparada.

Sempre desejei ser mãe e a notícia da gravidez do Theo nos deixou muuito felizes, embora um pouco "medrosos" porque o Luiz não estaria aqui na ocasião do nascimento, e porque eu havia perdido uma gestação no ano anterior e não estava querendo me empolgar tanto e sofrer depois. Mas graças a Deus deu tudo certíssimo!

Organizada que só, me vi perdida entre fraldas, roupinhas, banhos e choro, muito choro. Não conseguia achar nada, uma peça de roupa, uma toalha, nada. A casa se transformou em um piscar de olhos, e apesar de a bagunça me incomodar tremendamente, não tinha forças para nada. Chorava o tempo todo e todos os dias, tive calafrio, tive febrão, alguns sintomas do blues puerperal. Como bem definiu minha querida amiga Taty, "acontece tanta coisa nessa fase que você nem consegue enxergar o verdadeiro sentimento que existe entre você e ele". Ela conseguiu resumir tudo o que eu sentia naquele momento, e eu me culpava muito por isso.

Minha mãe tentando segurar as pontas sozinha, mas toda a "experiência" que ela tinha  vai por terra numa hora dessas. Não sei se seria diferente se o Luiz estivesse aqui. Acredito que sim. Acho que a ausência dele mexeu demais comigo, embora sempre tenha sabido lidar com suas longas e constantes viagens, dessa vez era diferente e tudo era completamente novo para todos nós, não apenas para mim.

Demoramos quase 1 mês para descobrir que o choro do Theo era de fome. Meu Deus, como pode? Mas pode. Minha mãe passou por isso comigo e minha avó também, com minha mãe. Tive que entrar com o leite em pó, além do leite materno. E aí percebi uma coisa que, sinceramente, jamais pensei que existisse: preconceito contra quem dá mamadeira. Isso é assunto para outro post, mas até hoje percebo um certo ar de "tadinho, ele já mama mamadeira". Para mim deveria existir preconceito contra quem deixa o filho com fome, isso sim. E jamais deveríamos julgar sem conhecimento de causa. Só eu e minha mãe sabemos o que passei, como foram difíceis aqueles dias iniciais.

Com tanta novidade, senti necessidade de me fechar na minha conchinha. Algumas pessoas entenderam, e eu sou grata por isso, mas outras insistiram para me visitar e conhecer o Theo, até no dia em que eu chegaria da maternidade queriam vir. Isso me deixou muito chateada. Me isolei um pouco, não atendia telefone, não via e-mails... precisava de um tempo para mim e para perceber que a partir do dia em que a coisa mais importante do mundo chegou na minha vida, eu tenho que parar tudo porque ele precisa de mim, depende de mim. Foi difícil entender isso.

Passaram os dias e minha mãe teve que voltar ao trabalho. Minha avó veio pra cá dar uma força. Nesse meio tempo fiquei sozinha com o Theo pela primeira vez. Apesar do medo gigante, foi um bom dia. Acho que precisávamos daquele tempo pra gente.

A falta que o Luiz faz é sem tamanho. Admiro as mulheres que encaram sozinhas , por opção, o desafio da maternidade. É preciso muita coragem mesmo. Eu acho muito difícil criar filho sem pai. Se alguém aí não acha, na minha opinião é porque nunca teve um marido como eu tenho (e algumas outras pessoas privilegiadas também!).

Hoje em dia estou beeem melhor. Cada dia desses quase três meses em que o Theo está aqui comigo foram me ajudando, me amadurecendo, me fortalecendo, me deixando mais segura. É curioso: às vezes quero lembrar de certas coisas da primeira semana de vida dele e não consigo. Acho que Deus é sábio e só nos permite lembrar das melhores coisas nessas horas.

Mãe perfeita não existe. A minha mãe é mãe há quase 30 anos e não é perfeita, embora esteja bem perto disso. Não seria eu a ter a pretensão de ser perfeita há apenas 3 meses nesse mundo novo. Hoje sou outra mulher, outra filha, outra esposa... mais compreensiva, um pouco mais nervosa, acho que mais paciente, às vezes consigo tomar banho, escovar os dentes, comer. Meu tempo é dele. Não tenho com quem deixá-lo para ter o meu tempo, para ir ao salão me embelezar ou qualquer outra coisa. Mas sou feliz, ainda incompleta, mas feliz.

E sou a melhor mãe que posso ser, que mais aprende que ensina, a cada dia.


* Blogagem coletiva sobre Maternidade Real proposta pela Carol Passuello

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Sai, uruca!

Caraca, meu aniversário é só em junho mas parece que meu inferno astral está a todo vapor!

Começou na reta final da gravidez, com um perebón sinistro na minha perna e que ninguém descobria o que era (e nem queria medicar). Isso sem contar no estresse que foi instalar o ar condicionado na sala e a tela contra mosquitos na varanda, também aos 45 do segundo tempo.

Na véspera do Theozinho nascer peguei um mega engarrafamento que nem consegui fazer a última consulta com o gineco. Cheguei em casa super tarde e fui dormir exausta, sabendo que do dia seguinte em diante seria alegria + pauleira non stop. Aí o baby nasceu lindo, perfeito, com saúde, minha mãe e minha avó estão dando uma força giga... ufa!

Ufa? Que nada! Meus hormônios quase me enlouqueceram, e a minha mãe por tabela, que não sabia o que fazer, além de muitos puxões de orelha e de volta à realidade. Rios de lágrimas correram por quase 1 mês e meio.

Uma semana com o Theo em casa e o microondas resolve não funcionar. Detalhe bobo: tinha preparado vááárias marmitinhas para deixar congelado e acionar na hora do sufoco pós-Theo. A gente fica tão dependente dessa bodega que eu nem sabia onde descongelar a comida. #surtando
Isso porque o ferro de passar já tinha dado pau. Mas isso é fichinha... um ferrinho bobo.

Ah... esqueci de comentar que na véspera do Theo nascer tinha ido pegar o carro na oficina, pois estava entrando água da chuva e alagando o carpete. Já levei o carro novamente e o problema persiste, agora piorando o cheiro, pois o carpete está uma piscina, dá até pra nadar ali.

Tudo bem, vai melhorar... pensamento positivo. Até que... a geladeira resolve dar piti. Foram 3 problemas consecutivos e, segundo o técnico, nada a ver um com outro. Já não aguento mais olhar pra cara do técnico da Brastemp... fora a dinheirama que ele levou. Quase comprei uma nova.

Que delícia! Um vazamento no meio da minha sala, que começou depois que meu amado vizinho construiu sua linda cobertura e destruiu as minhas telhas. Aí, claaaro, a Construtora tirou logo o time de campo. Imaginem a guerra que vai começar? #delícia

O que será que ainda pode acontecer? Ah... já sei! A faxineira auxiliar (tinha conseguido mais uma pessoa para dar um help, além da que eu já tinha) conseguiu um emprego e pulou fora. #óteeemo
Sem falar que no carnaval a panela de pressão explodiu em cima da secretária nº1 e ela se afastou do silviço por mais de 2 semanas.

E agora? Ah... o navio do marido quebrou pela milésima ésima ésima vez e atrasou a saída de Ushuaia, na Argentina, em quase 1 semana... justo agora no final da saga.

Será que eu ainda esqueci alguma coisa? Será que é meu inferno astral?

Méu Déus!!! Tô legal de desafio!!! Olha aqui pra baixo um pouquinho, pleaseeeeeeeee!!!!!

terça-feira, 5 de abril de 2011

Anjo

Uma criança pronta pra nascer perguntou a Deus: "Me disseram que serei enviado à Terra. Como vou viver lá tão indefeso?"
E Deus disse: "terás um anjo especial que tomará conta de você"

- "Serei feliz?"
- "Seu anjo sorrirá e cantará para você e a cada dia sentirá seu amor e serás feliz. Ele te ensinará a falar com muita paciência e carinho e sempre irá te proteger dos maus, mesmo que isso signifique arriscar sua própria vida".

- "E quando eu quiser Te falar?"
- "Seu Anjo juntará suas mãos e lhe ensinará a rezar e Eu estarei sempre dentro de você".
- "Como então saberei o nome desse Anjo?"
- "Você irá chamar seu anjo de ... MÃE!"



segunda-feira, 4 de abril de 2011

Selinho

Ganhei esse selinho da Lalá, do blog amigo Estrela Davi. Adorei, embora ainda não entenda muuuito de selinhos! :-|

Mas entendi que tenho que distribuir o selinho para blogs amigos, que devem linkar o meu blog e repassar, então selecionei alguns que adoro ler!

A Caminho da Maternidade
Divertida para Pequenos
Nossa primeira gravidez
Viagens de uma mãe de primeira viagem
Destemperadinhos

Beijos! E obrigada, Lalá! Adorei!

sábado, 2 de abril de 2011

A Páscoa tá chegando...

... e meu coração tá apertaaado que só! Cheguei a chorar ao ver as Lojas Americanas cheia de coelhinhos, ovos, barras, bombons... enfim, aquele cheiro de chocolate no ar.

Pra quem não conhece o meu trabalho, é só visitar a minha paixão: Chokolateria. Ano passado trabalhei que nem uma (feliz e realizada) condenada, mas esse ano, com a chegada do Theozinho, decidi me dedicar só a ele (apesar da grande tentação - minha e dos clientes amigos!), porque duas rotinas punk não dá!

Mas que dá vontade de comprar umas barras de chocolate e colocar a mão na massa, isso dá!

Será que consigo retomar um dia? rs

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Abril chegou!!!!!!

É o mês da chegada!!! É o mês do reencontro mais emocionante e esperado das nossas vidas!

Falta pouco!!!

Estamos contando cada segundo...

Lembrancinha da maternidade

Sou suspeita porque trabalho com chocolates, mas sempre adorei coisinhas de comer como lembrancinha para tudo quanto é evento, afinal, quem não gosta de beliscar alguma coisinha, né? Além do mais, não ocupa espaço nem pega poeira na casa das pessoas que as recebem. 

Mas quando fiz as contas e vi que o Theo ia nascer em pleno verão carioca, 'fiquei triste' porque ficaria difícil trabalhar com chocolate, e eu mesma queria muuito fazer a lembrancinha dele.

Aí descobri um site nos EUA que tinha umas mamadeirinhas lindinhas, e como minha prima Debie ia casar em dezembro/ 2010 e uma tia dela que mora lá viria para o Brasil, deixei a vergonha de lado e fiz minha encomenda! Escolhi balas de goma em formato de ursinho para colocar dentro das mamadeirinhas e essas comprei aqui no Rio mesmo.

Mas depois acabei não resistindo e decidi que faria barrinhas de chocolate personalizadas. Contei novamente com a ajuda e a paciência da minha amiga e personal designer Adriana Gulias, que embarcou literalmente na minha viagem e criou uma embalagem linda para as barrinhas, com menção ao Papai viajante e com o endereço do blog no verso.

Também encomendei no Mercado Livre umas balinhas temáticas para oferecer às visitas.

O resultado foi esse!
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